O mercado agroalimentar europeu alcançou marcos históricos em 2024, conforme revela o relatório anual da Comissão Europeia. O setor teve um crescimento notável, com as exportações da União Europeia a atingir os 235,4 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 3% em comparação com o ano anterior. Este desempenho reflete a robustez do mercado europeu, tanto nas exportações como nas importações.

Entre os destinos preferenciais dos produtos agroalimentares da UE, destacam-se o Reino Unido, que absorve cerca de um quarto das exportações, seguido pelos Estados Unidos e pela China. Alimentos à base de cereais, produtos lácteos e vinhos continuam a ser os mais procurados, com destaque também para o aumento dos preços de azeitonas e produtos de cacau.

Portugal acompanhou esta tendência positiva, registando um aumento de 8,73% nas suas exportações agroalimentares em 2024, em comparação com o ano anterior. Os principais destinos dos produtos portugueses continuam a ser os seus vizinhos europeus, com Espanha a ocupar o primeiro lugar. O azeite e o vinho continuam a ser os produtos mais apreciados e procurados, reforçando a posição de Portugal no mercado global.

No lado das importações, a União Europeia também atingiu um valor recorde de 171,8 mil milhões de euros, refletindo um crescimento de 8%. Este aumento está relacionado com o crescimento dos preços de importações de produtos como cacau, café, frutas e frutos secos. Os principais fornecedores agroalimentares da UE continuam a ser o Reino Unido, a Ucrânia e o Brasil, enquanto as importações provenientes da Rússia e da Austrália diminuíram consideravelmente, com quedas de 46% e 28%, respetivamente.

A diminuição das trocas comerciais com a Rússia é um reflexo das tensões geopolíticas, nomeadamente após a invasão da Ucrânia. A Austrália, por sua vez, viu as suas exportações para a União Europeia afetadas pelo fracasso do acordo de comércio livre entre ambos, em outubro de 2023, e pela queda nas importações de colza.

Fonte: TecnoAlimentar