O setor agroalimentar, estratégico mas pouco valorizado, continua estruturalmente desequilibrado.

Vivemos tempos paradoxais: prateleiras cheias e alimentos frescos perfeitos, enquanto milhões sofrem escassez. O desperdício de hortofrutícolas, pescado e outros frescos é um problema ético e econômico que exige políticas e soluções concretas.

Na mais recente edição da Tecno Alimentar, são apresentados caminhos para um sistema alimentar mais justo e eficiente. Produtos que não chegam à mesa podem ser valorizados em toda a cadeia de transformação, reduzindo perdas e subaproveitamento.

Entre os temas em destaque estão: valorização de frutas frescas e subprodutos hortofrutícolas, mapeamento de desperdício em cadeias insulares e estratégias de mitigação de perdas de pescado.

A perspectiva de operadores do setor HORECA demonstra que boas práticas e soluções tecnológicas adaptadas à escala podem reduzir significativamente o desperdício de produtos frescos.

Deste modo, o artigo também aborda o desperdício doméstico, fruto de desinformação e hábitos enraizados, reforçando que reduzir perdas é um imperativo moral e planetário.

É tempo de avançar da investigação para a prática: aplicar inovação, articular agentes da cadeia e comprometer-se com a sustentabilidade do sistema alimentar. Menos diagnóstico, mais implementação.

Neste sentido, a publicação convida todos os leitores a refletir e agir, inspirando mudanças concretas na redução do desperdício alimentar.

Fonte: Tecno Alimentar