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12 de julho de 2023

Vinhos do Douro: Produção poderá aumentar 10% nesta vindima

Poderá ocorrer um aumento de cerca de 10% na próxima vindima da Região dos Vinhos do Douro.

O intervalo estimado da produção de Vinhos do Douro é de 240 a 259 mil pipas para a vindima de 2023, numa apresentação divulgada hoje pela Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID).
De acordo com o diretor-geral da ADVID, Luís Marcos, em comunicado à agência Lusa, “aquilo que se perspetiva para este ano é que haja um aumento em relação ao ano passado de cerca de 10%, ou seja, que a previsão esteja acima da média e abaixo do intervalo máximo, que são as 259 mil pipas”.

Neste sentido, foi ainda acrescentado por Luís Marcos que o aumento de 10% é em relação à colheita declarada do ano anterior, que foi de 233 mil pipas, referido pelo Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP).

Todas estas previsões baseiam-se no método de pólen recolhido na fase de floração da videira nas três sub-regiões do Douro: Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior. Por essa razão não são considerados os fatores pós-flori, que podem alterar o potencial de colheita, tais como a queda de granizo ou doenças que afetem a vinha.

“É uma previsão que incide maioritariamente sobre aquilo que é o potencial à floração. Este foi o ano em que a floração foi a mais precoce desde que temos registos no nossos Observatório Vitícola, desde 2014, o que também condiciona um pouco o potencial de produção”, afirmou Luís Marcos.

A explicação deve-se ao facto de o inverno ter sido chuvoso (dezembro a janeiro), com meses seguintes bastante secos e com temperaturas mais altas, fazendo com que a floração da videira ocorresse em finais de abril de forma “rápida e homogénea”, havendo condições favoráveis para o vingamento da planta. “Neste momento temos cachos cheios, bagos sãos e com boas condições de desenvolvimento”.

As situações de queda de granizo e chuva intensa de finais de maio e início de junho nos concelhos de Alijó, Murça, Vila Nova de Foz Côa e Meda, provocaram situações de míldio, o que levou à realização de diversos tratamentos fitossanitários preventivos.

O representante refere ainda que “Essas chuvas permitiram que as videiras, neste momento, estejam numa situação de conforto moderado. Por outro lado, teve o grande inconveniente de, esses episódios de chuva, serem acompanhados por um lado de granizo e, por outro lado, de uma incidência de doenças, como é o caso do míldio”.

Por outro lado, lembrou ainda que, “à floração, o Douro estava com valores de stress hídrico muito semelhantes a 20222”, o que significa que as consequências de ausência de precipitação e temperaturas elevadas foram sentidas, apesar de que as chuvas de maio tivessem permitido regularizar o stress hídrico para valores normais para a região demarcada.

Os próximos dois meses são cruciais para a vindima, pois as condições meteorológicas podem condicionar a produção na região, obrigando “a uma atenção permanente a um cuidado constante com a vinha”.

As previsões de vindima são um dos parâmetros que o conselho interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) avalia, a fim de definir o benefício, isto é, a quantidade de mosto que cada produtor pode transformar em vinho do Porto. 

A colheita declarada em 2022, de Vinhos do Douro, foi de cerca de 233 mil pipas de vinho, uma quebra de 12% comparativamente com o ano anterior e inferior à inicialmente prevista, que rondava os 20%.

 

Fonte: Agroportal