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4 de setembro de 2024
Vindima: Redução na colheita de vinho e impacto climático
Foto em Unsplash
As principais regiões vinícolas de Portugal enfrentam redução na colheita de vinho e tratamento preventivo como diferencial para qualidade do vinho.
A vindima deste ano traz más notícias para os viticultores portugueses, com previsões de uma quebra significativa na produção em várias regiões, especialmente no Alentejo e em Lisboa. A estimativa de descolheita apontada pelo Instituto do Vinho e da Vinha (IVV) indica uma redução de 8% em relação à campanha anterior, resultando num volume de aproximadamente 6,9 milhões de hectolitros.
O Alentejo enfrenta uma redução na colheita de vinho de 10%, enquanto que Lisboa deve registrar uma queda de 15%. Outras regiões, como o Algarve, a Beira Interior e Trás-os-Montes, apresentam cenários mais otimistas, com aumento da produção. O problema, de acordo com os especialistas, deve-se a condições climáticas instáveis e ao surgimento de doenças, como o míldio da videira, exacerbado pelas altas temperaturas.
Francisco Mateus, presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, destacou que, apesar do potencial acima da média no início da primavera, as condições climáticas desde maio afetaram negativamente a produção, incluindo episódios de escaldão e desidratação das uvas. A vindima de 60% dos produtores da região até o final de agosto indicou uma movimentação inicial, mas os próximos 45 dias serão cruciais, especialmente para as castas tintas, que compõem 79% da produção alentejana.
Por sua vez, Francisco Toscano Rico, presidente da Comissão Vitivinícola Regional de Lisboa, sustenta que, embora a redução da produção seja expressiva, ainda assim, representa um leve aumento em relação à média dos últimos cinco anos. A procura por um tratamento preventivo nas vinhas mostra-se como o diferencial para muitos viticultores, pois aqueles que atuaram no momento certo, irão conseguir evitar perdas significativas e manter a qualidade do vinho.
Com a previsão de um fim de campanha desafiador, a indústria vinícola portuguesa prepara-se para um ano marcado pelo cuidado e pela adaptação às intempéries, enquanto se mantém esperançosa a recuperação e a resiliência para futuras colheitas.
Fonte: Público