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06 de abril de 2023
Valor das vendas de borregos no Alentejo só cobre despesas segundo produtores
Por haver uma proximidade com a época da Páscoa, a procura de borrego aumenta, porém os produtores queixam-se dos valores recebidos.
Segundo os produtores do Alentejo, o valor das vendas apenas cobre as despesas, não existindo lucro devido à subida dos custos para produção. O leilão de ovinos na cidade de Évora antes da Páscoa, organizado pela Associação dos Jovens Agricultores do Sul (AJASUL) e pela Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Raça Merina (ANCORME), é um evento com bastante afluência todos os anos.
O criador de bovinos, Luís Madeira, afirma à agência Lusa que “os fatores de produção aumentaram significativamente”, de “35 ou 40%”, sendo que nos leilões os produtores estão sujeitos aos preços das melhores ofertas.
Além dos borregos, este evento leiloa ovelhas, cabras e cabritos, que são identificados através de dispositivos eletrónicos, pesados e, depois, colocados por lote em parques.
De acordo com o secretário técnico da ANCORME, Tiago Perloiro, o valor pago por um borrego vivo varia entre os três e quatro euros por quilo, dependendo sempre do peso. O preço é mais alto para animais mais leves e mais baixo para os mais pesados.
Diogo Vasconcelos, presidente da AJASUL e também produtor, revela que o preço da venda aumentou "talvez 5% ou 10%” nos últimos 2 ou 3 anos, no entanto, a questão passa por “tudo o resto” ter subido “muito mais”.
“Estamos com sérias dificuldades em equilibrar as contas entre aquilo que nos custa produzir e o preço a que vendemos”, pois “a subida dos preços pagos ao produtor não acompanhou, nem de perto, nem de longe, a subida dos custos de produção”, sublinha ainda.
Fonte: Agroportal