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19 de abril de 2024
Startup portuguesa cria solução que combate desperdício da cadeia agroalimentar
Foto de Yuriy Bogdanov em Unsplash
Existe uma startup portuguesa incubada da Universidade do Porto que desenvolveu uma tecnologia que permite caracterizar a qualidade dos cereais e combater o desperdício da cadeia agroalimentar.
Inserida no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, esta startup desenvolveu uma nova tecnologia que permite caracterizar a qualidade dos cereais e combater o desperdício da cadeia agroalimentar, fornecendo conhecimento à mesma no processo de aquisição de matérias-primas.
Em comunicado, a Uptec (Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto) afirmou que o objetivo da startup Seedsight é dar resposta a um desafio dos sistemas alimentares, que se trata da “qualidade, disponibilidade e acessibilidade de alimentos”, tais como sementes e cereais.
Posto isto, o sistema caracteriza os cereais, através de análises biomoleculares e biofísicas “de baixo custo e em larga escala”, mediante o uso de uma tecnologia de blockchain, deep learning, Inteligência Artificial e sensores óticos, conseguindo a “otimização da identificação das melhores espécies, origens e fornecedores de sementes e grãos, aos preços mais competitivos”.
A Seedsight pretende, desta forma, capacitar a cadeia agroalimentar do conhecimento necessário para “melhorar o processo de decisão na aquisição de matérias-primas de produtos alimentares”, combatendo o desperdício e as fraudes alimentares.
Além disto, a Uptec destaca que os “custos associados às matérias-primas alimentares, como trigo, milho, arroz, aveia e quinoa, aumentaram entre 18 e 20%”. O crescimento aqui detetado “deve-se, principalmente, aos desafios em fases iniciais das cadeias de valor, como a ineficiência dos processos de seleção dos grãos, que são demorados e dispendiosos”.
No que toca aos modelos da startup, está prevista uma redução de 8% nos custos da triagem do melhor cereal, bem como uma diminuição de até 89% no tempo de aquisição dos melhores grãos. Ao mesmo tempo, prevê-se igualmente um crescimento de 20% da produtividade na transformação de cereais em produtos finais.
A Seedsight apresenta uma equipa composta por Joana S. Paiva, Gonçalo Ramos e Paulo Santos, e está neste momento a realizar estudos pilotos em colaboração com parceiros em África para a deteção de micotoxinas, no âmbito do programa Validate.Global, promovido pelos Impact Hubs Vienna, Kigali e Accra.
Fonte: ECO Sapo