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21 de abril de 2023
Seca: Comissão de acompanhamento reúne-se hoje para debater eventuais medidas
A Comissão de acompanhamento dos efeitos da seca reúne-se hoje pela primeira vez em 2023.
O país encontra-se em situação de seca meteorológica em quase metade das suas regiões, existindo também três albufeiras que se encontram a menos de 15% da sua capacidade total.
A reunião da Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca (CPPMAES), é presidida pelos ministros do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, e da Agricultura, Maria do Céu Antunes. Já foi admitido pelo ministro que algumas medidas de contingência poderão ser aplicadas.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) publicou, no boletim mais recente, alguns dados que afirmavam que a situação de seca meteorológica aumentou em Portugal continental durante o mês de março, piorando na região sul do país, tendo uma percentagem de 48% do território em seca meteorológica, com um aumento de 20% desde fevereiro.
De acordo com o IPMA, verificou-se um aumento da intensidade da seca meteorológica na região sul, destacando-se os distritos de Setúbal e Beja e alguns locais do sotavento algarvio, que se encontram na classe de seca severa.
Não obstante, no boletim semanal de albufeiras publicado na segunda-feira pela Agência Portuguesa do Ambiente revelou-se que três albufeiras se encontravam a menos de 20% da sua capacidade no sul de Portugal, mais propriamente em Campilhas, a 13%, Monte da Rocha a 10%, na bacia do Sado, e Bravura a 14% na bacia das Ribeiras do Barlavento. Além destas três, mais quatro encontravam-se a menos de 40%.
Outro relatório divulgado no dia de ontem pelo Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas Copérnicus denominado de “Estado do Clima Europeu 2022”, referindo que as temperaturas na Europa se encontram a subir duas vezes mais que a média global, sendo o aumento mais rápido do que qualquer outro continente.
A tendência encontra-se a aumentar na Europa, de acordo com o Serviço, na medida em que existe um crescimento no número de dias de verão com “stress de calor forte” ou “muito forte” e no sul da Europa existe já um “stress de calor extremo”.
Fonte: Agroportal