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11 de setembro de 2023
Quercus alerta para proliferação anómala de microalgas no rio Tejo

A associação Quercus denunciou no dia de hoje um crescimento fora do normal de microalgas desde a entrada do rio Tejo em Portugal, em Vila Velha de Ródão, até Ortiga em Mação.
Num comunicado enviado hoje à agência Lusa, os Núcleos Regionais de Castelo Branco e Portalegre da Quercus referiram que “Este crescimento anómalo (bloom) das microalgas (cianobactérias e outras) é cíclico, devido às condições de calor e luminosidade”.
Foi salientado que a situação foi registada pela primeira vez na passada sexta feira, sendo considerada como uma “situação inaceitável” pela Quercus que se repete “ciclicamente e precisa de resolução política eficaz e urgente. As águas estão extremamente poluídas desde a entrada do rio Tejo em Portugal, em Vila Velha de Ródão, Arneiro, Nisa, chegando mesmo até Ortiga, já no município de Mação”.
São vários os fatores que, segundo a Quercus, explicam a intensificação da presença de microalgas, sendo o principal a concentração elevada de nutrientes. “Estes nutrientes têm origem nas descargas de água residuais (esgotos) sem tratamento adequada e nas escorrências de fertilizantes agrícolas que se vão acumulando, ao longo dos anos, no fundo das albufeiras da Extremadura espanhola”.
Assim sendo, torna-se imperativa a criação de condições para diminuir a concentração de nutrientes. “Se continuarmos sem tratamento de esgotos e com escorrência de adubos agrícolas, nada se resolverá. A isto acresce a livre gestão das descargas de caudais das barragens da empresa Iberdrola, permitida pelos governos de Portugal e Espanha”.
Além disso, a Quercus pediu ainda a intervenção urgente do Ministério do Ambiente e Ação Climática.
“O ministro do Ambiente e Ação Climática deve exigir explicações ao seu congénere espanhol visto que esta situação, que ocorre ano após ano, constitui um agravamento adicional do estado ecológico das massas de água do rio Tejo em Portugal em incumprimento da Convenção de Albufeira quanto à obrigatoriedade de garantir o bom estado ecológico das massas fronteiriças e transfronteiriças e em incumprimento da Diretiva Quadro da Água, que impõe o objetivo de alcançar um bom estado ecológico das massas de água”.
Fonte: Agroportal