Projeto europeu procura ideias para acelerar economia azul

Existe um programa europeu ao qual empreendedores, investigadores e estudantes de Portugal, Espanha, França e Irlanda podem submeter as suas ideias até ao fim do ano. O programa procura acelerar a digitalização e a sustentabilidade na economia azul.

O ADT4Blue, criado pelo consórcio europeu liderado pelo Instituto Politécnico da Guarda (IPG) trata-se de um programa de aceleração que tem como objetivo incentivar a parceria entre intervenientes de vários locais, como por exemplo, centros de inovação digital, bancos de ensaio, entre outros e permitindo-lhes adotar as melhores práticas.

Este projeto é cofinanciado pelo programa Interreg Atlantic Area com 3,1 milhões de euros, sendo que até dezembro a chamada aberta trata-se de um dos três programas de aceleração previstos no ADT4Blue que têm o intuito de criar iniciativas empreendedoras, tendo por base tecnologias digitais avançadas para responderem aos desafios mais urgentes enfrentados pela economia azul.

Colocando o foco nos desafios, os mesmos estão divididos em cinco áreas: Aquicultura e pesca; Comunicações; Transporte marítimo; Monitorização dos oceanos, conservação e proteção dos ecossistemas marinhos; e atividades portuárias.

Para o presidente do Instituto, Joaquim Brigas, “a sustentabilidade tem inevitavelmente de passar pela investigação académica e pela criação de soluções para as ameaças que as atividades económicas trazem ao equilíbrio ambiental, como a emissão de gases com efeito de estufa, a perda de biodiversidade e a poluição do ar e da água”.

Posto isto, o objetivo do projeto segundo o presidente é a promoção de um desenvolvimento económico que não coloque em causa a sustentabilidade dos oceanos e do planeta.

De 18 de outubro a 18 de dezembro, os participantes dos quatro países referidos acima vão apresentar ideias de forma a tornar os negócios ligados à economia do mar mais inovadores e competitivos através das tecnologias digitais, como a Inteligência Artificial, a tecnologia Blockchain ou a Internet das Coisas.

O passo seguinte é a avaliação das melhores soluções apresentadas para os desafios em causa e convidará os seus autores para um programa de aceleração – todo ele online e em inglês – que os irá apoiar na tentativa de transformar essas ideias em negócios.

O ADT4Blue reúne um consórcio de 13 parceiros, dos quais quatro são portugueses: o Politécnico da Guarda, a Administração do Porto de Aveiro, a Administração do Porto da Figueira da Foz e a INOVA-RIA – Rede de Inovação em Aveiro.

Fonte: Jornal de Negócios