Os últimos oito anos marcaram o setor agrícola e florestal, pelo desinvestimento público ocorrido, onde o Ministério que tutela a agricultura perdeu gradualmente estruturas e o ritmo de investimento dos fundos europeus diminuiu igualmente.

Deste modo, a comunicação com o setor foi perdendo capacidade, que resultou na prejudicação da imagem do setor perante o público, uma vez que o papel central do setor era desconhecido, dentro da produção de alimentos bem como o contributo efetivo para a sustentabilidade económica, ambiental e social.

Assim sendo, nos últimos oito anos, ocorreu um grande retrocesso comparativamente ao período de 2011 a 105, onde a agricultura se assumiu como um setor bastante relevante no processo de recuperação económica de Portugal, marcando o maior crescimento nas últimas duas décadas. Para que isso ocorresse, foi necessária uma eficiente execução dos fundos europeus que trouxe estabilização dos rendimentos dos agricultores, bem como um apoio à modernização das explorações e das infraestruturas públicas como o Alqueva, associado a um esforço de melhoria da posição dos agricultores na Cadeia de valor Alimentar e equilíbrio negocial conjugados com uma comunicação construtiva do setor.

No que toca à atualidade, o presente Governo tem como objetivos estratégicos retomar a dinâmica de crescimento do setor e melhorar os rendimentos dos produtores, de modo a fornecer confiança e previsibilidade aos mesmos.

Deverão reponderar-se as estruturas do Ministério, onde um objetivo económico ao setor será introduzido novamente, colocando o foco na redução do défice da balança comercial agroalimentar e apostando na recuperação da eficiência dos instrumentos de apoio e de política. Deste modo, ir-se-á apostar na execução de um plano estratégico para a água e o regadio, não só como fonte de rendimento económico, mas também como um combate às alterações climáticas.

Por conseguinte, o Governo irá adotar uma comunicação que possibilite a valorização dos setores da agricultura, floresta e pescas e do papel que os mesmos apresentam na sustentabilidade económica, ambiental e social. Todos os objetivos apenas serão alcançados e superados com investimento na investigação, na inovação e no desenvolvimento, bem como na digitalização do setor e na renovação geracional.

O Governo tem como objetivo conciliar e compatibilizar a competitividade com os objetivos do combate às alterações climáticas e na defesa da biodiversidade. A implementação das medidas para mitigação e adaptação às alterações climáticas apenas terá sucesso se envolverem os respectivos setores e se forem graduais. Exigem, em simultâneo, ambição, firmeza, realismo e gradualismo.

Pode verificar o programa completo aqui.

Fonte: Agroportal