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10 de agosto de 2023

Produtores de maçã de Carrazeda pedem apoios para sistemas anti-granizo

O presidente da Associação de Fruticultores e Viticultores do Planalto de Ansiães (AFUVOPA), Luís Vila Real, pediu no dia de hoje apoios para os produtores de maçã de Carrazeda de Ansiães instalarem sistemas anti-granizo na região.

Foi pedido pela Associação de Fruticultores e Viticultores do Planalto de Ansiães (AFUVOPA) apoio no que toca a sistemas  anti-granizo na região. Tal como refere o presidente da Associação, Luís Vila Real, “Nós precisamos de apoios para instalação de sistemas de telas anti-granizo, ou então uns mais fáceis de instalar e muito mais baratos, que são torres anti-granizo. Já têm provas dadas em Movimenta da Beira, em Armamar e pelo mundo. Só que o Governo insiste em não apoiar essa medida e estamos de mãos atadas”.
No decorrer deste ano, as perdas na colheita de maçã já atingiram os 95 a 98% naquele concelho, devido ao granizo que ocorreu desde o final de maio ao início de junho. Neste sentido, dos 600 hectares de pomar do Planalto de Ansiães, com o trabalho de cerca de 45 agricultores, apenas cerca de 10% apresentam proteção com telas anti-granizo.

O presidente da AFUVOPA afirma ainda que “as telas têm um custo de 30 mil euros por hectare e é de difícil e demorada implementação. Tendo em conta que nos anteriores programas de financiamento que estiveram abertos os valores de referência eram pré-pandemia, e que agora os custos subiram exponencialmente, não há qualquer capacidade dos agricultores”.

“A torre anti-granizo é um sistema que faz um disparo de uma onda de choque para as altas camadas da atmosfera onde se forma o granizo e dissipa-o antes de atingir o solo”, explicou.

Em modo de conclusão, Luís Vila Real afirmou que “no concelho de Carrazeda de Ansiães, a instalação das telas rondônia os 18 milhões de euros e as torres anti-granizo entre os 750 e os 800 mil euros e seria possível instalá-las num mês. É uma diferença brutal. Só que continua a haver uma resistência enorme por parte do Estado em apoiar essa medida. Por exemplo, com uma comparticipação de 50% do Governo, entre os 350 ou 400 mil euros de ajuda do Estado, conseguiríamos proteger o núcleo-duro da produção”. 

Apesar de terem sido anunciados apoios por parte do Governo em junho, com montante de 55 euros por hectare de área afetada para minimizar os efeitos do granizo, Luís Vila Real afirmou à agência Lusa que estes eram insuficientes.

“É uma brincadeira de mau gosto. Porque só um tratamento de uma aplicação foliar fica muito mais caro do que isso. E estamos a falar de 17 a 18 tratamentos por campanha. Alguns tratamentos ultrapassaram os 150 euros por hectare. E nestes casos não resolve absolutamente nada. O mal já está no terreno”.


Fonte: Agroportal