A Comissão Vitivinícola do Algarve (CVA) afirmou que a produção nesta zona conseguiu contrariar a seca, aumentando em 5% em 2023. De acordo com Sara Silva, em declarações à agência Lusa, as expectativas dos 50 produtores algarvios de vinho prevêem um aumento da produção de 5% no presente ano, após a diminuição do ano 2022 de 6 a 7%.

“O setor no Algarve tem-se vindo a adaptar, nomeadamente com investimentos feitos em sistemas de rega inteligentes e utilização de plantas autóctones, o que tem permitido lutar contra a situação de seca”, relata Sara Silva.

Por sua vez, foi ainda salientado pela presidente da CVA que “os produtores têm consciência da necessidade da utilização de sistema de regas eficazes e também estão cada vez mais sensibilizados para as questões de sustentabilidade ambiental”.

Foi através da plantação de nova vinha que se conseguiu esse mesmo aumento da produção de vinho.

Numa totalidade de 50 produtores da zona Algarve, a área plantada é de cerca de 1.400 hectares, sendo que em metade dessa área é produzido “vinho de qualidade” com indicação geográfica e denominação de origem.

Neste sentido, existem quatro denominações de origem no Algarve, sendo estas Lagoa, Lagos, Portimão e Tavira, apesar de que a maior parte do vinho seja vendido sob a designação de indicação geográfica.

A presidente adianta ainda que a vindima este ano “começou mais cedo do que é habitual, em meados de julho, tendo terminado em setembro”, com uma estimativa de 1,6 milhões de litros de produção esperada de vinho.

Fonte: Agroportal