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09 de agosto de 2024

Produção de Vinho em Portugal Encolhe 8% na Próxima Campanha

Foto em Unsplash

Dez das 14 regiões vitivinícolas com perdas significativas na produção de vinho, com Lisboa e Alentejo a liderar as quedas. O que esperar da vindima 2024/2025?

A produção de vinho em Portugal está prestes a enfrentar um desafio significativo, com uma previsão de queda de 8% na próxima vindima, que se inicia em 2024. De acordo com as estimativas do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), o país deverá produzir cerca de 6,9 milhões de hectolitros, um volume que se aproxima da média das últimas cinco campanhas, mas que revela um cenário preocupante para o setor.

As regiões vitivinícolas mais afetadas incluem Lisboa, que deverá ver uma diminuição de 15% na sua produção, e o Alentejo, com uma queda de 10%. O Douro, embora continue a ser o maior produtor nacional com 1,484 milhões de hectolitros, também não escapa à tendência, prevendo-se uma redução de 5% em relação à última vindima. No caso do famoso vinho do Porto, a situação é ainda mais crítica, com uma perda de 14 mil pipas em comparação ao ano anterior.

Por outro lado, algumas regiões como a Beira Interior, Trás-os-Montes e Algarve apresentam uma luz no fim do túnel, com aumentos de produção previstos de 15%, 8% e 7%, respetivamente. O Algarve, em particular, beneficia da entrada em produção de novas vinhas com uvas de qualidade.

A instabilidade climática, que favoreceu o desenvolvimento de doenças como o míldio, e o risco de escaldão até a vindima, são fatores que podem impactar ainda mais a quantidade e qualidade da colheita. Além disso, a "bolha de acumulação de stocks" que afeta o setor é uma preocupação crescente, com os produtores a responsabilizarem a falta de controlo sobre o vinho importado a granel, especialmente de Espanha. A importação diária de quase um milhão de garrafas é descrita como “uma loucura de vinho” pelo presidente da ANDOVI.

Em resposta a esta crise, a Comissão Europeia anunciou um apoio de emergência de 15 milhões de euros para os produtores afetados, mas o Governo português considera que a destilação de crise deve ser um último recurso, prometendo reforçar a fiscalização da entrada de vinho ilegal no país.

Com tantas incertezas à vista, a vindima 2024/2025 promete ser um verdadeiro teste para a resiliência do setor vitivinícola português. Fique atento às novidades e prepare-se para um ano de desafios e superações!

 

Fonte: ECO Sapo