Portugal produz o azeite com melhor qualidade do mundo

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De acordo com um estudo de Olivicultura, Portugal trata-se do país que produz azeite com melhor qualidade em todo o mundo, pelas melhorias significativas nas suas infraestruturas.

Segundo o estudo “Olivicultura: O motor da (r)evolução agrícola nacional”, para a Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal - OLIVUM, Portugal é o país do mundo que produz azeite de melhor qualidade graças às melhorias significativas nas infraestruturas e práticas de produção que permitiram que, em 2022, 98% do azeite português fosse classificado como Virgem ou Virgem Extra.

A primeira atualização do estudo foi feita agora, sendo que a tendência será a de que Portugal ocupe a terceira posição de país produtor de azeite no mundo daqui a dois anos.

Esta pretensão deve-se ao facto de nas últimas quatro campanhas, a produtividade nacional aumentou e tornou-se muito superior à dos outros principais países produtores, o que permitiu uma evolução do 9.º para o 6.º maior produtor.

Foi o grande investimento industrial em tecnologia que proporcionou todos estes aumentos na produção e na qualidade do azeite português, feito nas últimas duas décadas. Toda esta evolução proporcionou o aumento da produção de azeitona em Portugal, de 250% entre 2011 e 2021, que permitiu triplicar a produtividade média dos olivais desde há 20 anos, pela introdução de novas técnicas de produção, como o regadio, que conduziram a uma maior rentabilidade da azeitona.

“Portugal é hoje um dos líderes internacionais nesta indústria: tem oito dos dez lagares do mundo que processam um maior volume de azeitona e três dos cinco lagares mais avançados em termos tecnológicos. Estes resultados são fruto do nosso compromisso com a inovação e modernização que, aliadas à valorização e proteção da biodiversidade e adoção de boas-práticas sustentáveis, nos têm colocado numa posição de liderança a nível mundial”, salienta Susana Sassetti, Diretora-Executiva da OLIVUM.

Por outro lado, o estudo revela ainda que a adoção de boas práticas não se limita apenas ao aumento da produção e qualidade do azeite nacional, mas tem também um impacto significativo na sustentabilidade. Temos como exemplo disso o aumento de captura de CO2 pelos olivais, a introdução de coberto vegetal nas entrelinhas, melhorando a biodiversidade e a qualidade do solo, bem como a eficiência hídrica das culturas de olival de regadio.

Fonte: Agroportal