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08 de maio de 2024
Olival: Impacto das Infraestruturas Ecológicas na Biodiversidade Funcional

Foto em Unsplash
Neste artigo ficará a saber qual o impacto das Infraestruturas Ecológicas na Biodiversidade Funcional do Olival em Portugal.
Os ecossistemas são equilibrados quando existe biodiversidade nos mesmos, na medida em que as operações culturais representam fatores de desequilíbrio cruciais. Deste modo, para promover um ecossistema mais resiliente é fulcral que a Biodiversidade seja preservada, para que os impactos negativos possam ser controlados, potenciando os serviços do próprio ecossistema.
Neste sentido, um exemplo de serviço do Ecossistema que promove o controlo natural das pragas trata-se da Biodiversidade Funcional, isto é, a ação da Fauna Auxiliar no controlo de população de pragas.
Colocando o foco na Fauna Auxiliar, para que esta se estabeleça nas explorações é necessária a sua identificação, bem como proporcionar condições essenciais para o seu desenvolvimento, sendo necessária a presença de infraestruturas ecológicas (IEE’s) e áreas de compensação ecológicas que poderão servir de reservatórios de biodiversidade, conseguindo a recolonização das parcelas de olival sempre que exista uma descida da população da Fauna Auxiliar.
De acordo com a Revista Voz do Campo, uma das IEE’s mais cruciais para o estabelecimento da Fauna Auxiliar são os cobertos vegetais, que representam cerca de 80% da biodiversidade da exploração, pela sua disposição na cultura e pela área que ocupam.
Uma vez que se tratam de faixas lineares de vegetação, permitem não só a ligação entre outras estruturas ecológicas, nomeadamente as Áreas de Compensação Ecológicas, como também a movimentação da Fauna Auxiliar, podem ser classificados como Corredores Ecológicos.
Por forma a que o serviço de ecossistema seja eficiente, torna-se crucial que se selecionem devidamente os locais onde as IEE’s sejam colocadas, considerando para tal, a capacidade de dispersão da Fauna Auxiliar e a compatibilidade entre as espécies florísticas selecionadas e as características morfológicas dos auxiliares, nomeadamente as características associadas à forma dos seus aparelhos bucais, permitindo assim que o inseto se alimente de açúcares.
De acordo com a Voz do Campo, para se constituirem as IEE’s é também importante estratificar a sua própria estrutura, com uma seleção de espécies pertencentes a múltiplos grupos vegetais: arbóreas, arbustivas e herbáceas, garantindo a movimentação da Fauna Auxiliar dentro das IEE’s. Apesar disto, o número de espécies florísticas deve ser ponderado; do ponto de vista da Biodiversidade Funcional, a existência de 10 a 20 espécies vegetais de famílias diferentes será o ideal, pois acima deste valor corre-se o risco de aumentar também a presença de insetos fitófagos que podem causar estragos importantes à cultura.
A Biodiversidade Funcional não são só insetos, espécies de aves, morcegos, répteis, etc., são também comunidades que podem e devem ser enriquecidas pelas IEE’s e que têm comportamentos predatórios para algumas pragas importantes das culturas.