Apesar de França não ter sido o país de origem do vinho, nem ser responsável pela difusão da vitivinicultura pela Europa, o mundo do vinho contemporâneo é moldado por este mesmo país através da sua cultura, mediante castas, estilos, legislação, técnicas e muito mais.

A produção e o consumo de vinho atingiram um patamar superior em terras francesas nos últimos séculos, impactando a forma como se pensa e se bebe o vinho. Desta forma, o termo terroir foi incorporado no vocabulário vitivinícola, visto ser uma palavra que não possui tradução direta para as restantes línguas.

Deste modo, o Terroir indica todo o ambiente físico e biológico que rodeia as vinhas e as práticas enológicas aplicadas, responsáveis pelas características singulares dos produtos oriundos de um determinado espaço. Pode, então, afirmar-se que a identidade de um vinho é o resultado de 4 componentes: o clima, o solo, o terreno e a cultura.

Neste sentido, o clima determina as condições favoráveis ao desenvolvimento da videira. Os solos criam suporte à videira, proporcionando água e elementos nutritivos, através da drenagem, profundidade, textura e geologia. O terreno influencia o estilo do vinho e a sua capacidade de amadurecer, através da altitude, relevo e exposição solar.

Por último, a cultura de cada região, bem como as práticas de cultivo da vinha e de vinificação também contribuem para o terroir de um vinho. Ou seja, as podas, a escolha  das castas, a forma de plantação e a condução da videira são determinantes no rendimento da planta e na qualidade da uva.

A combinação dos diferentes elementos trazem para cada vinho singularidade, originalidade e um caráter distinto. O terroir é, assim, a junção perfeita entre natureza e Homem.