Inteligência artificial para monitorizar a floresta
Agricultores: Bruxelas reconhece insuficiência e complexidade de apoios
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06 de fevereiro de 2024
O que está realmente a acontecer com os rendimentos agrícolas?
Foto em Unsplash
Os rendimentos agrícolas estão a ser alvo de discussão face aos protestos de agricultores em vários países europeus.
Diversos protestos de agricultores estão a ocorrer por toda a europa, derivados das preocupações com os rendimentos e o aumento dos custos, o peso da regulamentação ambiental adicional, os acordos de comércio livre com países terceiros, a incerteza decorrente de condições meteorológicas cada vez mais voláteis, a sensação de que a sociedade já não valoriza o trabalho dos agricultores.
Apesar de todos os fatores apresentarem um papel relevante, foco do artigo publicado por Alan Matthews é o contexto específico do rendimento agrícola.
Neste sentido, mesmo com a pressão que a Europa tem estado a passar devido a uma série de fatores, tais como as fortes flutuações de preços, o aumento dos custos de produção, ou os fenómenos climáticos extremos, os registos dos rendimentos agrícolas têm vindo a ter ganhos constantes nas últimas duas décadas, mais propriamente desde 2005. Os níveis de rendimento agrícola atingiram o seu ponto mais alto nos últimos três anos, apesar do aumento dos custos dos fatores de produção.
Ao colocar o foco nos níveis de rendimento, Alan afirma que é complicado compreender por que razão o rendimento deveria ser um fator desencadeador de protestos neste momento.
Os dados apresentados no estudo são relativos à evolução histórica dos rendimentos, sendo que os agricultores podem estar mais preocupados com as perspectivas futuras de rendimento.
A um curto prazo, as perspectivas de preços, rendimentos e condições meteorológicas para 2024 são altamente incertas, refletindo as incertezas em torno do crescimento económico global e da UE e as tensões geopolíticas.
Por sua vez, a médio prazo, o impacto de regulamentações ambientais mais rigorosas e de uma maior abertura ao comércio maior abertura ao comércio pode sustentar o receio de que os rendimentos possam vir a sofrer uma maior pressão no futuro.
Uma segunda advertência é que, mesmo a nível dos Estados-Membros, estamos a lidar com médias. Sectores específicos que tenham sido negativamente afetados por descidas de preços ou perdas de rendimento devido ao clima podem estar escondidos por detrás de um desempenho melhor do que a média noutros sectores. Como é da natureza dos protestos, aqueles que sofrem perdas fazem mais barulho, enquanto aqueles que tiveram um ano confortável ficam em casa.
Fonte: Agroportal - Artigo de Alan Matthew