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08 de março de 2024
O Papel do Associativismo na Inovação do Setor Vitivinícola em Portugal
Foto em Unsplash
O Associativismo na Inovação do Setor Vitivinícola em Portugal apresenta um papel fundamental, ao promover a cooperação entre agentes da cadeia de valor.
A vitivinicultura em Portugal tem vindo a ser reconhecida em todo o mundo pela sua qualidade e diversidade. A longa tradição de Portugal no setor da produção de vinho fez com que o país conseguisse adaptar-se aos desafios do mercado global, apostando na inovação como um dos impulsionadores centrais do seu crescimento e competitividade.
Assim, o associativismo no Setor Vitivinícola apresenta um papel fundamental, promovendo a cooperação entre os agentes da cadeia de valor, fomentando a partilha de conhecimento e recursos.
Deste modo, as organizações associativas fazem parte do tecido empresarial vitivinícola, desde pequenas cooperativas de produtores até grandes associações regionais e nacionais, tanto de comércio como de produção, representando uma figura central na promoção da inovação, na organização e no desenvolvimento sustentável do setor.
Neste sentido, o associativismo traz com ele a capacidade de poder reunir diferentes players, desde produtores, investigadores, empresas e instituições públicas, inseridos num ambiente colaborativo. Toda a colaboração multidisciplinar aqui inerente proporciona uma partilha de experiências e conhecimentos, levando a soluções inovadoras e ao desenvolvimento de novos produtos e práticas agrícolas. Um exemplo disso são projetos de investigação e desenvolvimento financiados pela União Europeia ou pelo Estado Português, as associações vitivinícolas têm contribuído para a preservação das castas autóctones, técnicas de cultivo mais sustentáveis e processos de vinificação mais eficientes.
Por outro lado, o associativismo vitivinícola apresenta também um papel crucial na promoção da qualidade e da imagem dos vinhos portugueses nos mercados internacionais. As associações regionais operam através de uma colaboração próxima com os produtores para controlo de qualidade e autenticidade. Esta valorização da origem e da tradição contribui para diferenciar os vinhos portugueses no competitivo mercado global e para abrir portas a novas oportunidades de negócio.
Apesar dos diversos benefícios do associativismo, é importante reconhecer que também enfrenta desafios e limitações.
Trata-se de um desafio a garantia de participação e o compromisso de todos os membros, mais propriamente das organizações de grande dimensão e com interesses divergentes.
Já a burocracia e a falta de recursos assumem-se igualmente como dificuldades, uma vez que podem retardar a implementação de projetos de inovação e o acesso a financiamento público ou privado.
Compreende-se que o associativismo é essencial para a promoção da inovação e no desenvolvimento sustentável do setor vitivinícola em Portugal.
A partir da fomentação da cooperação entre os diversos intervenientes e ao promover a partilha de conhecimento e recursos, as organizações associativas contribuem para fortalecer a competitividade e a resiliência do setor num mercado global em constante mudança.