Vindima: Redução na colheita de vinho e impacto climático
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5 de setembro de 2024
Ministro da Agricultura critica “radicais verdes” e quer desburocratizar setor
Foto em República Portuguesa
O ministro da agricultura, José Manuel Fernandes, criticou os “radicais verdes” que se manifestaram contra a construção de barragens.
Os “radicais verdes” foram criticados pelo ministro da agricultura, pelo facto de se terem manifestado contra a construção de barragens. José Manuel Fernandes salientou que é necessário simplificar os projetos relacionados com o setor e terminar com a burocracia existente.
Segundo o ministro, “aquilo que depois nós temos de fazer é um outro trabalho que é a simplificação, que é acabarmos com a burocracia, eu sei que neste país há muita gente que é paga para criar problemas, no fundo, e não para resolvê-los, mas isso é algo que tem de acabar”.
Além disto, José destacou o processo moroso de muitos documentos, tais como uma declaração de impacte ambiental, defendendo que a mesma “não pode demorar cinco anos, é um prejuízo enorme que tal aconteça. Felizmente temos um primeiro-ministro que não só considera a Agricultura como estratégia e estruturante como depois tem este objetivo da simplificação, este objetivo de acelerar processos”.
“A água é prioritária para a agricultura, a mim causa-me alguma confusão que haja, por exemplo, radicais como eu lhes chamo, radicais verdes, que são contra as construções de barragens, contra o armazenamento de água, isso era promover o deserto numa série de sítios, era contra o ambiente”, adiantou.
Por sua vez, José Manuel Fernandes destacou que a agricultura “não é inimiga” do ambiente, tal como as barragens têm o seu contributo para a biodiversidade, ajudando o ambiente e no combate às alterações climáticas. “Há quem queira eliminar barragens, o que era um desastre, conduzia não só ao abandono do território como ao aumento da seca e de problemas ambientais”.
Neste sentido, a construção da rede de rega do Aproveitamento Hidroagrícola do Xévora irá avançar, partindo da Barragem do Abrilongo, com um investimento do governo que ultrapassará os 25 milhões de euros.
Esse mesmo investimento é financiado pelo Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020, que terá de ficar concluído física e financeiramente até ao fim do próximo ano, sendo que a próxima fase do projeto é até 2026, que engloba a construção da estação elevatória de rega e o reservatório.
O investimento do projeto é superior a 17 milhões de euros e vai beneficiar uma área de 1.560 hectares, com um comprimento da rede de tubagens de 44 quilómetros. De acordo com o ministro da Agricultura, o projeto irá trazer “competitividade” à região, promovendo a coesão territorial e a sustentabilidade.
Fonte: Agroportal