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16 de fevereiro de 2024
Maria do Céu Antunes: “É essencial a atração de jovens para a agricultura”
Foto de Guillaume Périgois em Unsplash
Maria do Céu Antunes defendeu a necessidade de “fazer um novo TV Rural que mostre as novas tecnologias e a forma como hoje se produz bem em Portugal, um motivo que nos deve orgulhar a todos”.
O Prémio Nacional de Agricultura consegue aliar duas dimensões importantes, a inovação e a sustentabilidade. De acordo com Maria do Céus Antunes, “São sempre não um fim, mas um meio para se atingir qualquer coisa”, salientando ainda as três dimensões específicas do desenvolvimento social, que marcam a agricultura e a produção primária, e que são a social, a económica e a ambiental.
Segundo a ministra, a dimensão social diz que “temos de servir as pessoas, e, portanto, tem de ter o desenvolvimento social associado”, dando como exemplo a Semear, que recebeu o prémio institucional na 12.ª edição dos prémios e que procura a integração no emprego de pessoas com deficiências intelectuais e de desenvolvimento.
Por sua vez, na dimensão económica, Maria do Céu Antunes afirmou que é crucial atrair jovens para a agricultura, sendo necessário “criar forma de gerar rendimento que se faz inovando através das soluções tecnológicas”, referindo ainda que “se não tivermos rentabilidade na atividade, teremos o abandono dos nossos terrenos, das nossas propriedades e não vamos conseguir garantir a nossa autossuficiência e a nossa autonomia estratégica no domínio europeu”.
Já a dimensão central é a ambiental, destacou a ministra. “Quando falamos da água, do sol, da biodiversidade, são os agricultores os que mais trabalham e de forma mais próxima para garantir essa sustentabilidade ambiental, porque se não tiveram água, se não tiverem um solo capaz, não são capazes de produzir e o que vão produzir vai ser muito mais caro. Não é o que o agricultor quer, ele quer preservar os seus ecossistemas de maneira a poder produzir de forma mais natural, porque isso também lhe traz menos custos”, conclui a ministra do Ambiente e Alimentação.
Foi também manifestado por Maria do Céu Antunes que o ministério lançou recentemente o procedimento internacional para concretizar um portal único “onde queremos que os vossos cadernos de campo sejam a base da relação do agricultor com o Ministério da Agricultura, com a administração pública, e que, com isso, possamos simplificar, facilitar a vida de quem produz e de quem tem de conhecer o que está a ser produzido”.
Por último, Maria do Céu Antunes confessou que uma das suas grandes frustrações, enquanto ministra durante quatro anos, foi não ter conseguido melhorar a imagem dos agricultores e da agricultura portuguesa, afirmando que “precisamos de ter instrumentos que levem os nossos jovens a escolherem as ciências agrárias, precisamos que os nossos jovens escolham como meio de vida a agricultura e a transformação. Precisamos de ter veículos de comunicação que nos ajudem a fazer isso mesmo”.
Fonte: Jornal de Negócios