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19 de abril de 2023

Mamíferos em Portugal estão em declínio, alertam especialistas

Especialistas em mamíferos alertam para o declínio de todas as espécies de mamíferos em Portugal, exceto ungulados (animais com casco).

O caso encontra-se a um nível grave, existindo o perigo de extinção de determinadas espécies de mamíferos em Portugal. Este alerta foi dado na apresentação do “Livro Vermelho dos Mamíferos em Portugal”, com um retrato da classe taxonómica no país, atualizando referências com mais de 10 anos.

A investigação demonstrou, segundo Carlos Fonseca, da Universidade de Aveiro, que animais como o javali, o veado ou o corso encontram-se em expansão, no entanto, a situação está “crítica para muitas espécies”.

Relativamente à situação, a maior preocupação prende-se com o grupo dos morcegos, tal como afirmou João Cabral, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, dando ênfase ao crescimento de infraestruturas prejudiciais aos morcegos, tais como barragens, estradas ou parques eólicos.

Por outro lado, na Universidade de Évora, António Mira alerta para a relevância dos pequenos mamíferos, como os ratos ou ouriços. Não obstante, destacou com único aspeto positivo a expansão do esquilo e da toupeira ibérica.

Além disso, afirmou ainda que “há um agravamento considerável do estado de conservação das espécies” e “em algumas há mesmo o risco de extinção numa década. E os pequenos mamíferos, salientou, são o alimento dos maiores carnívoros. Um terço das espécies estão com estatuto de ameaçada ou quase”.

O facto de o coelho se encontrar em diminuição e ser raro observar em certas zonas do país, reflete-se pelo animal servir de presa para muitos destes mamíferos carnívoros, segundo Paulo Célio Alves, professor na Universidade do Porto.

O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), através da palavra de Mariana Sequeira, avisou que “não se podem fazer medidas de conservação de predadores sem o fazer também para as presas”, alertando também para os mamíferos marinhos, mais propriamente os botos, entendidos como uma espécie “muito vulnerável” a artes de pesca, que são responsáveis por 5,5% da mortalidade 

Maria da Luz Mathias, que coordenou o trabalho que levou à apresentação de hoje, disse à Agência Lusa que houve um acompanhamento de espécies como o lobo ou o lince ibérico, ou os morcegos, mas que “as restantes espécies, menos emblemáticas, são esquecidas”.

Segundo o “Livro Vermelho”, um terço das espécies de mamíferos avaliadas está ameaçado de extinção.

 

Fonte: Agroportal