O combate às alterações climáticas e as competências verdes são uma prioridade para a nova geração, sendo que a preparação para enfrentar esse desafio ainda está longe de ser suficiente. Um novo estudo global realizado pelo Research Institute de Capgemini e pela Gela Generation Unlimited da UNICEF revela que apenas 44% dos jovens entre os 16 e os 24 anos acreditam possuir as competências verdes necessárias para vingar no mercado de trabalho atual.

Posto isto, o relatório “Young People’s Perspectives on Climate: Preparing for a Sustainable Future” mostra que seis em cada dez jovens reconhecem o potencial das competências verdes para abrir novas oportunidades de carreira. No entanto, o défice de formação especializada está a travar a ambição de muitos.

Apesar da lacuna identificada, reina o otimismo, uma vez que a maioria dos jovens acredita que ainda é possível reverter os impactos das alterações climáticas e quer alinhar a sua vida profissional com valores sustentáveis. Mais de metade (53%) dos inquiridos manifestou interesse em seguir uma carreira na área ambiental, percentagem essa que sobe para 64% no hemisfério norte.

A desigualdade no acesso a estas competências verdes é evidente: jovens em zonas urbanas estão melhor preparados do que os das áreas rurais, existindo grandes disparidades entre países. Enquanto no Brasil seis em cada dez jovens se sentem capacitados, na Etiópia esse número desce para apenas 5%.

Deste modo, o estudo defende que governos, empresas e instituições de ensino devem unir esforços para expandir o acesso a formações ambientais, criar oportunidades profissionais sustentáveis e dar voz aos jovens na definição de políticas climáticas.

Iniciativas como a Green Rising, apoiada pela UNICEF e empresas parceiras, estão já no terreno com o objetivo de capacitar 20 milhões  de jovens até 2026 - oferecendo formação, oportunidades de emprego e empreendedorismo com impacto positivo no ambiente.

Fonte: Revista Voz do Campo