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03 de julho de 2024
Jovens agricultores reclamam apoios imediatos e nova estratégia para os cereais

Foto em Unsplash
A Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) defendeu a urgência de apoios suplementares nesta campanha por várias razões.
Os Jovens Agricultores portugueses salientam a urgência de apoios suplementares na presente campanha, pelos preços baixos dos cereais ao produtor, bem como pela necessidade de rever a estratégia nacional para o cultivo de cereais.
A Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) sustenta que é crucial “atuar ainda nesta campanha, com apoios suplementares devido aos preços pagos ao produtor, e no médio e longo prazo, redefinir a estratégia para cultivo de cereais em Portugal”.
Deste modo, o preço estimado para o trigo e cevada na presente campanha “pode vir a ser mais baixo do que antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022”. O cenário é, então, negativo, uma vez que “todos os custos dos fatores de produção dispararam devido à inflação e à guerra”.
“O choque inicial de aumentos foi brutal, mas o que é certo é que, aos dias de hoje, a média do aumento dos preços dos fatores de produção, nomeadamente os mais utilizados, ainda se cifra na casa dos 30%”, afirma a AJAP. Isto significa que a maioria dos equipamentos estão em causa, como os próprios combustíveis, a eletricidade, máquinas, fertilizantes, mão de obra, etc.
Apesar do apoio que deve ser feito à Ucrânia por parte da Europa, a AJAP destaca a “entrada maciça” de cereais daquele país “a baixo custo, também por via da diminuição de tarifas ou até mesmo a sua inexistência, não deveria afetar e agravar, como está a acontecer, a situação já de si débil que os agricultores produtores de cereais europeus têm passada e estão a atravessar”.
Posto isto, a estratégia a traçar deve ser “realista e exequível” para os cereais em Portugal, “sob pena de os agricultores continuarem a abandonar o seu cultivo, acentuando-se o decréscimo nas áreas de produção”.
Por outro lado, o percentual para o auto aprovisionamento de cereais em Portugal deve ser “ajustado a números devidamente estruturados e assentes em medidas de políticas acordadas entre as principais forças políticas”.
Os dados da AJAP revelam que os cereais equivalem a 3,5% da produção agrícola nacional, representando o milho em grão a componente com maior peso na produção (56%), seguida do trigo (19%) e do arroz (16%).
Relativamente à região, destaca-se a região do Alentejo com 63% em termos de produção, seguindo-se o Centro com 22%, “não se verificando grandes alterações desde 2005, com exceção para o milho, que, no caso do Alentejo, por via do Alqueva, tem aumentado a área de cultivo”. Assim, em termos de área, o Alentejo representa 95% trigo duro nacional, 73% do trigo mole, 80% da aveia, 89% da cevada e 12% do total nacional da área de milho.
Fonte: Agroportal