Agricultores de regadio Algarve
Agricultores de regadio pedem que se aproveite melhor a água que o país tem
Apoio financeiro à seca
Apoio financeiro à seca (AFS) – Abertura do período de candidaturas
Agricultores de regadio Algarve
Agricultores de regadio pedem que se aproveite melhor a água que o país tem
Apoio financeiro à seca
Apoio financeiro à seca (AFS) – Abertura do período de candidaturas

13 de dezembro de 2023

Investimento acima de 500 milhões em ativos agrícolas

Foto de Unsplash

Portugal tem um “elevado potencial de crescimento”, podendo vir a captar mais de 500 milhões em ativos agrícolas nos próximos dois anos, nomeadamente no olival, vinha ou amendoal.

Apesar do país se encontrar “a dar os primeiros passos”  no investimento em ativos agrícolas e florestais, já apresenta um “elevado potencial de crescimento”, com a ambição por ativos agrícolas e florestais a crescer em todo o mundo e uma vontade cada vez maior para conseguir um retorno financeiro competitivo a um impacto social e ambiental positivo. São mais de 500 milhões de euros em dois anos que Portugal prevê atingir, segundo um estudo da Jones Lang LaSalle (JLL).

De acordo com esse estudo da JLL, divulgado no dia de hoje, a Península Ibérica é “sem dúvida” um dos mercados que contribui para a crescente atratividade e que beneficiará deste fluxo, num investimento denominado de “natural capital”, que se espera que continue a superar os 1.000 milhões de euros em 2024.

Apesar de “ainda a dar os primeiros passos no investimento em ativos agrícolas e florestais, mas com elevado potencial de crescimento, Portugal tem capacidade para dinamizar transações e operações de M&A (fusões e aquisições) superiores a 500 milhões de euros nos próximos dois anos”.

Até 2023 foram levantados 5,3 mil milhões de capital para investir neste setor na Europa Ocidental, um volume que traduz um crescimento de 200% face ao ano passado, com o estudo a destacar a importância deste valor, considerando que representa 52% do total levantado em todo o mundo (10,2 mil milhões), o que demonstra "o crescente interesse do investimento na Europa ocidental e da Península Ibérica". Em 2022, apenas 27% do capital levantado tinha como alvo a Europa Ocidental.

"A tendência de diversificação dos investimentos associada às exigências de sustentabilidade têm potenciado o interesse dos investidores por ativos que servem de base a atividades agrícolas e florestais. Além de retornos interessantes e estáveis e um perfil de risco muito atrativo, este é um investimento com um papel ativo na captação de carbono, com bom impacto no meio ambiente e na sociedade. Por isso, há cada vez mais capital a direcionar-se para este tipo de imóveis e Portugal está numa excelente posição para captar uma fatia deste valor", diz o Head of Development & Natural Capital da JLL, Gonçalo Ponces, citado em comunicado.

O diretor-geral da Consulai, Pedro Santos, sinaliza, por seu turno, que "este bom posicionamento de Portugal se justifica pelo facto de o país ter um enorme potencial ainda por desenvolver nestas áreas, dispondo de excelentes condições naturais para estas atividades e diversas vantagens competitivas em termos dos fatores e custos de produção".



Fonte: Jornal de Negócios