O subdiretor-geral da DGT, Mário Caetano, fala sobre as novas tecnologias que são usadas no Sistema de Monitorização da Ocupação do Solo.

Neste sentido, a definição da paisagem portuguesa tem como elementos principais os territórios de floresta, sendo que é essencial ter conhecimento atualizado sobre o coberto florestal e a sua evolução para variados fins, desde o apoio à gestão florestal para o proprietário privado ao apoio da definição e acompanhamento de políticas públicas do setor florestal.

Existem dados levantados há décadas, relativamente à floresta por entidades públicas, com destaque para o Inventário Florestal Nacional (IFN) do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e a Carta de Uso e Ocupação do Solo (COS) da Direção-Geral do Território (DGT).

Os dados obtidos por metodologias manuais e atualizados em intervalos de alguns anos. Assim sendo, diversas empresas privadas conseguem a recolha de dados mais adequados às suas atividades apesar dos custos inerentes às mesmas.

Posto isto, o facto de se utilizarem as tecnologias do espaço torna-se vantajoso para estudar e monitorizar as florestas, pela sua cobertura total do território com aquisição sistemática e frequente de dados, podendo complementar os dados mais tradicionais, mitigando a sua desatualização. Por sua vez, os satélites recolhem dados relativamente à vegetação, tais como as propriedades espectrais, permitindo detetar alterações de forma automática e quase em tempo real. Contudo, são necessários conhecimentos técnicos avançados em áreas como a deteção remota e o processamento de imagem.

Fonte: Agroportal