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07 de agosto de 2023
Incêndios: Costa alerta para necessidade de evitar comportamentos de risco
O primeiro-ministro considerou hoje que para diminuir o risco de incêndio, existe uma necessidade para evitar comportamentos de risco.
António Costa, o primeiro-ministro de Portugal, afirmou que deve existir “uma floresta mais resistente ao fogo”, alertando para a necessidade de evitar comportamentos de risco, com o intuito de “chamar a atenção de todos para os próximos dias”. Acrescentou que “Vamos ter temperaturas muito elevadas, um nível de humidade muito baixo e várias horas do dia com muita intensidade de vento”.
Deste modo, o primeiro-ministro considera que, mesmo não sendo possível controlar os fatores naturais, “há algo essencial que se pode controlar, que é o comportamento de cada um”.
Enquanto falava com os jornalistas relativamente à despedida do Papa Francisco, António Costa foi questionado sobre os incêndios que têm ocorrido em Portugal, em destaque o do concelho de Castelo Branco sucedido na passada sexta-feira.
Foi alertado o facto de que “a esmagadora maioria dos incêndios resultam de comportamentos fortuitos”, realçando que “há os dolosos, e esses a PJ tratará, as forças de segurança tratarão, mas há aqueles que nascem do descuido: do trabalhar da máquina agrícola quando não é possível, de lançar o foguete quando não é possível, de fazer um churrasco quando não é possível, de apagar uma beata na floresta”.
Todos os comportamentos de risco determinados por António Costa devem ser considerados, uma vez que são uma responsabilidade de todos, defendendo que “avançar na reforma da floresta é absolutamente essencial, porque a melhor forma de diminuir o risco de incêndio não é termos mais meios aéreos no ar, é uma floresta que seja mais resistente ao fogo, tenha menor risco de fogo”.
Por outro lado, Costa salientou o facto de que “Portugal é dos países mais atingidos pelo risco das alterações climáticas”, traduzindo-se em cheias, erosão costeira e aumento do risco de incêndio.
Deste modo, “mesmo que a humidade consiga cumprir a meta do acordo de Paris e limitar a um grau e meio o aumento de temperatura até ao final deste século, isso significa aumentar seis vezes o risco de incêndio florestal em Portugal, se nada for feito”.
“Isso implica executarmos as áreas de gestão integradas da paisagem, termos menos floresta de crescimento rápido e uma floresta com uma composição mais resistente, mais espaço agrícola no seio da floresta para não termos tanta massa contínua”, elencou.
O primeiro-ministro referiu ainda que no incêndio de Castelo Branco, que depois progrediu para Proença-a-Nova, “um dos maiores riscos é que era uma imensa massa florestal contínua, que não ardia há 25 anos, e portanto oferecia um potencial de risco muito grande”.
Fonte: Agroportal