Alentejo prefere menos importação de vinho em vez de cortes nos apoios
Parlamento aprovou revisão da PAC com flexibilização de regras ambientais
Alentejo prefere menos importação de vinho em vez de cortes nos apoios
Parlamento aprovou revisão da PAC com flexibilização de regras ambientais
26 de abril de 2024
Europa é o continente mais afetado pela subida das temperaturas
Foto de José Ignácio Pompé em Unsplash
O continente europeu é o mais afetado pelas temperaturas altas dos últimos 20 anos, com uma percentagem de 30% de morte pela subida das temperaturas.
No ano passado, em julho, 41% do sul da Europa enfrentou fortes ondas de calor, onde a percentagem de mortes relacionadas com temperaturas altas aumentou cerca de 30%.
Posto isto, as temperaturas a nível mundial continuam a subir, pelo que a Europa é o continente mais afetado. Esta subida deve-se às alterações climáticas que bateram níveis recorde em 2023, com o sul da Europa a enfrentar ondas de calor muito fortes em julho, deixando 41% da sua área em situação grave, muito grave ou extrema de “stress térmico”, segundo um estudo do serviço de monitorização climático da União Europeia, o Copernicus, e da Organização Meteorológica Mundial (OOM).
Neste sentido, o facto de as temperaturas terem vindo a aumentar para elevados níveis nos últimos 20 anos, causou um aumento na percentagem de mortes relacionadas com o calor em cerca de 30%, com os trabalhadores ao ar livre como os mais afetados por esta alteração.
Em termos de países, os mais afetados foram a Espanha, a França, a Itália e a Grécia, onde ocorreram no ano passado 10 dias consecutivos de “stress térmico”, isto é, uma sensação térmica acima dos 46ºC. Segundo o estudo Copernicus, devem ser tomadas medidas imediatas para que se evitem insolações ou outros problemas.
Para Celeste Saulo, secretária-geral da OOM, o “custo da ação climática pode parecer alto, mas o custo da inação é ainda maior”, sendo que o estudo indica também que, dos 12 meses que compõem o ano, apenas um esteve abaixo das temperaturas médias da Europa, com o mês de setembro mais quente desde que existem registos.
No presente ano, esta tendência de aumento das temperaturas continua, onde março foi considerado o décimo mês consecutivo mais quente de sempre.
Consequentemente, as duas organizações pedem que os governos europeus preparem os seus serviços de saúde para problemas relacionados com as alterações climáticas, pedindo ainda à União Europeia que exista legislação que proteja os trabalhadores ao ar livre - um dos grupos mais afetados pela subida das temperaturas.
"As temperaturas continuam a crescer, o que torna os nossos dados vitais para a preparação para os impactos das alterações climáticas", refere Carlo Buontempo, diretor da Copernicus. O tempo quente e seco que a Europa enfrentou em 2023 aumentou o número e a intensidade de incêndios no continente, com a Grécia a registar o maior incêndio em território europeu desde que há registos – foram queimados cerca de 96 mil hectares, duas vezes o tamanho de Atenas.
O estudo surge num contexto em que algumas instituições europeias estão a considerar a inação de certos governos uma falha na proteção dos direitos humanos. De acordo com o The Guardian, no início de abril, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos condenou a Suíça por ter uma política ambiental "fraca", violando os direitos de um grupo de mulheres mais velhas, que morreram muito provavelmente em consequência de ondas de calor.
Fonte: Jornal de Negócios