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18 de junho de 2024
Estudo diz que diversidade em paisagens agrícolas impulsiona a vida selvagem

Foto de Greenforce Staffing em Unsplash
De acordo com um estudo da Universidade Tecnológica de Nanyang (Singapura), a diversidade em paisagens agrícolas impulsiona a vida selvagem.
Uma paisagem agrícola diversificada ajuda a vida selvagem a prosperar nas explorações agrícolas, beneficiando tanto os agricultores como o ambiente, segundo um estudo da Universidade Tecnológica de Nanyang, na Singapura.
Pela análise efetuada, para impulsionar o surgimento de vida selvagem, são utilizados vários tipos de culturas e determinadas características não ligadas ao cultivo nas explorações agrícolas.
A investigação sugere que a abordagem ideal seria cultivar diversas culturas, como por exemplo vegetais, cereais e árvores de fruto, na mesma exploração, em vários tamanhos e disposições de campo, bem como ter características de paisagem seminaturais que não sejam culturas, tais como arbustos ou segmentos de flores silvestres.
Assim sendo, a variedade de cultivos irá aumentar o número de espécies animais e vegetais nativas, como por exemplo polinizadores e predadores de pragas, em comparação com explorações agrícolas que possuem apenas um tipo de cultura numa paisagem única e uniforme.
O facto de as culturas serem bastante variáveis promove a melhoria da biodiversidade uma vez que se criam vários “mini-habitats” para diferentes tipos de vida selvagem, segundo os investigadores.
Uma das autoras do estudo, Eleanor Slade afirmou que “esta descoberta tem implicações significativas no mundo agrícola e fornece informações valiosas para os decisores políticos e agricultores. Ao priorizar estratégias que promovam a heterogeneidade das culturas e da paisagem, as partes interessadas podem ajudar a preservar a biodiversidade e também a apoiar práticas agrícolas mais sustentáveis”.
“A evidência é clara: a manutenção do sistema de apoio à biodiversidade para a produção de alimentos, energia e rações anda de mãos dadas com a aprendizagem de como diversificar as paisagens agrícolas a nível global”, afirmou Emily Poppenborg Martin, professora e autora do estudo.
Posto isto, ao analisar os resultados da investigação, bem como os resultados de outros estudos anteriormente efetuados na área, descobriu-se que uma variedade de culturas e elementos paisagísticos não agrícolas nas explorações “melhoram consistentemente a biodiversidade de vertebrados como aves e invertebrados como insetos, plantas herbáceas, polinizadores e predadores”.
Por outro lado, os resultados da investigação podem ainda auxiliar no equilíbrio dos objetivos para os agricultores no que toca à obtenção de lucro com as metas de sustentabilidade e objetivos ambientais.
“Por norma, os sistemas agrícolas são geridos para maximizar a sua produção no sentido económico, mas ao adaptar as práticas agrícolas e repensar a forma como integramos habitats agrícolas e não agrícolas, também podem ser geridos para minimizar as questões ambientais e maximizar serviços importantes como a polinização e o controlo de pragas que impulsionam a produção agrícola”, salientam os autores.
No total, foram analisados cerca de 6.400 terrenos agrícolas, monitorizados em 122 estudos anteriores realizados em 24 países da Ásia, Europa, América do Norte e do Sul.
Fonte: Vida Rural