O estudo em questão refere que a autossuficiência da Europa em relação à energia renovável só se torna possível devido a investimentos de 140 mil milhões de euros por ano até 2030 e de 100 mil milhões de euros por ano até 2040 em soluções verdes.

Desta forma, conclui-se no estudo em questão que a Europa pode ser energeticamente independente até 2030, através da energia renovável, mesmo que até 2040 não fique completamente livre dos combustíveis fósseis.

Esta investigação científica é referente à “Independência Energética Europeia através do recurso a Renováveis até 2030”, e foi coordenada pelo Instituto Potsdam de Investigação sobre o Impacto Climático (PIK, fundado em 1992 pelo Governo alemão), ao qual se juntaram académicos de outras seis instituições.

Ao aproveitar os recursos energéticos complementares da Europa, liderados pelo sol do sul e pelo vento do norte, juntamente com a consolidação da rede elétrica, o sistema energético poderá acabar com as importações de gás e petróleo, tornando-se independente de países voláteis, como a Rússia, concluem os investigadores.

Para que isso aconteça, torna-se crucial o investimento europeu de 140 mil milhões de euros por ano até 2030 e de 100 mil milhões de euros por ano até 2040 em soluções energéticas verdes.

As taxas de crescimento da energia renovável têm sido insuficiente para atingir as metas, sendo necessário, segundo os autores do estudo, um enquadramento legislativo adequado e a adesão a uma “vontade política comum”.

Apesar do bom caminho, o estudo destaca que é preciso fazer mais, como melhorar as capacidades de armazenamento de energia ou usar outros recursos renováveis, por exemplo o aquecimento de edifícios a partir de energia geotérmica superficial ou sistemas solares térmicos.

Fonte: Observador