O decréscimo registado pelo INE de 17% relativo ao rendimento da atividade agrícola face a 2022, explica-se pela diminuição do valor da produção, em termos nominais, com uma redução de 8,7%, e com uma subida dos subsídios à produção de +3,8%.

Posto isto, o valor da produção deveu-se a uma subida do consumo intermédio, desde encargos com sementes, a fertilizantes, eletricidade, combustíveis, água, entre outros de 23,7%. Comprovou-se que o aumento foi superior ao da produção, que cresceu 11,7%.

No que toca a termos reais (ajustada à inflação), verificou-se um decréscimo menos acentuado do valor da produção com menos 5,8%, demonstrando as diminuições no volume de produção e do consumo intermédio com menos 5,6 e 5,5%, respetivamente.

O INE salienta ainda, no seu relatório, que o índice de preços de produção dos bens agrícolas aumentou 20,5%. Este crescimento deveu-se às evoluções de 14,9% no índice de preços da produção vegetal e de 29,6% no índice de preços da produção animal. Ocorreu também também uma variação de 30% do índice de preços de bens e serviços de consumo normalmente usado na agricultura, bem como o índice de preços dos bens e serviços de investimento da atividade agrícola, que registou um aumento de 10,7%.

Fonte: Vida Rural