CONFAGRI preocupada com as consequências da Lei do Restauro da Natureza

A aprovação da Lei do Restauro da Natureza (LRN) trata-se de um grande motivo de preocupação para a CONFRAGI, uma vez que, desta forma, pode não existir um estudo de impacto na economia agrícola, sem avaliação de perdas de produtividade e sem a medição de consequências do emprego no setor.

De acordo com a Confederação, este tipo de visão unilateral ambientalista que não se preocupa em envolver os organismos agrícolas no Plano Nacional de Restauro representa um grande desprezo pelo setor agroalimentar, bem como pode causar efeitos lesivos graves no rendimento de muitos agricultores, na produtividade e na própria sobrevivência de algumas explorações agrícolas que estão inseridas na Rede Natura2000.

Nuno Serra, Secretário-Geral da CONFAGRI, aponta que utilizar o mecanismo travão como justificação para proteger os interesses agrícolas nacionais, sem definir claramente as ameaças à segurança alimentar e à produtividade nacional, é enganar os agricultores e exclui-los do processo decisório. A CONFAGRI destaca que em Portugal, ao contrário de outros países europeus, a maioria das terras da Rede Natura são propriedade privada, o que impacta diretamente negócios e famílias. Além disso, a Rede Natura abrange principalmente territórios interiores, onde o êxodo rural já é uma preocupação, e a impossibilidade de cultivar terras devido à LRN pode agravar a coesão territorial e social tão necessária.

Fonte: CONFAGRI