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12 de dezembro de 2023
Conclusões do Congresso PINEA SPOT

Foto de Congresso PINEA SPOT
Veja nesta notícia as conclusões do Congresso PINEA SPOT 2023, onde foram discutidos os desafios da fileira do pinheiro manso, desde a gestão de povoamentos aos seus problemas fitossanitários.
Foi em Lisboa, durante 3 dias, que cerca de 100 participantes estiveram reunidos para discutir os desafios da fileira do pinheiro manso, no Congresso PINEA SPOT, desde a gestão dos povoamentos, aos problemas fitossanitários e nos mercados nacionais e internacionais.
Relativamente à silvicultura, os povoamentos mistos no crescimento do pinheiro manso tiveram consequências positivas, bem como se demonstrou a importância dos desbastes e da estrutura etária dos povoamentos na capacidade de regeneração. Isto significa que é bom existir uma abertura de clareiras nos povoamentos adultos, de modo a potenciar o estabelecimento de novas plantas.
Outro tema de destaque no Congresso PINEA SPOT foi a diversidade genética do próprio pinheiro manso, onde foi comprovado que existem clones de elite em Espanha, diferenciando-se no mercado. Assim sendo, a enxertia trata-se de uma realidade, pois a taxa de sucesso das enxertias de campo em Espanha são muito baixas, devido às condições do clima, bem mais extremas que em Portugal. Existem dois parques clonais existentes em território nacional, que são geridos por duas organizações de produtores florestais que, desde 2008, asseguram milhares de garfos de qualidade, com certificação do Catálogo Nacional de Materiais de Base, ferramenta essencial para garantir o futuro da produção de pinha nas árvores enxertadas.
Deste modo, os agentes bióticos que afetam, geralmente, o pinheiro manso são bastantes, sendo que a erradicação em contexto florestal não se trata de um cenário plausível, o que ocorre normalmente é um controlo dos danos, quando possível, e não uma erradicação da praga. Dentro do tema do sugador das pinhas, foi destacada a necessidade de metodologias de monitorização da própria praga em pinhais, para que se conheça a sua presença e a quantidade de insetos e consequentemente a necessidade, ou não, de tratamentos fitossanitários. As feromonas desenvolvidas no fruto para capturar o inseto são potenciadas pelos trabalhos de ecologia química já realizados.
Por outro lado, as alterações climáticas apresentam também um grande impacto na produção de pinha, segundo o que foi falado no Congresso PINEA SPOT, principalmente pela sobrevivência de pinhas do 1º e 2º anos, em verões muito quentes. Particular atenção deve ser dada a uma praga emergente em Itália, a Toumeyella Parvicornis, que já foi também detetada em populações isoladas em Espanha. As condições geográficas onde o pinheiro manso se distribui em Portugal são também adequadas à dispersão desta nova praga.
O pinhão representa, no mercado de frutos secos, apenas 1%, inserido na China, onde a origem se trata de uma espécie distinta do pinheiro manso. Mecanismos de certificação são necessários para diferenciar o pinhão mediterrânico, dos restantes pinhões comercializados pela China e Rússia, uma vez que as propriedades do pinhão do Mediterrâneo são superiores a nível nutritivo.
Fonte: Revista Voz do Campo