O presidente da associação de fruticultores de Armamar comunicou à agência Lusa que a apanha da maçã de montanha teve início cerca de 15 dias mais cedo na localidade pela situação de calor.

De acordo com o presidente, “iniciou-se a apanha da maçã há uma semana. Já tem os açúcares normais, as pevides já estão pretas e a análise feita aponta para apanhar determinadas variedades, como é o caso da Royal Gala”.

José Osório relatou ainda que o responsável pela antecipação da colheita é o tempo quente que começou logo em abril e fez com que “as maçãs se desenvolvessem mais cedo”.

Neste sentido, é reforçado ainda o facto que, num ano dito normal, “começava-se a apanha no dia 05 ou no dia 08” de setembro, sendo que neste momento, devido ao calor extremo, algumas maçãs ficaram queimadas, passando a serem usadas apenas para “concentrado”.

Apesar de não se conseguir ainda calcular as percentagens, o presidente da associação revela que “numa árvore aparecem sempre três ou quatro quilos que ficam queimados, daquelas maçãs que estão mais expostas ao sol”.

No entanto, o presidente da Associação de Fruticultores de Armamar considerou que não deverá haver grandes quebras na produção de maçã de montanha comparativamente a outros anos. Para isso contribuiu o facto de a produção não ter sido afetada nem pela seca, nem pelo granizo.

É durante mais dois meses que continua a ocorrer a colheita da maçã em Armamar, local conhecido como a Capital da Maçã de Montanha uma vez que se trata de um dos maiores produtores deste fruto. 

Com mais de 200 associados, a  Associação de Fruticultores de Armamar produz, em média, 80 mil toneladas de maçã num ano normal. 

Fonte: Agroportal