Apesar dos anos com problemas devido ao clima, a vindima deste ano no Douro está bem posicionada em termos de qualidade quando comparada com outros anos. Desta forma, as temperaturas registadas em julho no Douro foram inferiores às das restantes zonas da Europa.

Por outro lado, a região do Douro beneficiou do anticiclone dos Açores, que gerou ventos fortes do quadrante norte (a ‘Nortada’) ao longo do litoral, trazendo massas de ar mais frescas e condições de maior humidade.

Posto isto, o ciclo da vinha este ano tem sido favorável, com chuvas abundantes no inverno, que serviram para repor as reservas de água nos solos, depois de 2022 que se definiu como um dos mais secos de sempre.

Mesmo não tendo chovido em julho e agosto, a conjugação de temperaturas moderadas com índices razoáveis de humidade nos solos, conseguiu proporcionar níveis adequados de acidez, bem como de maturações equilibradas e uma boa evolução fenólica.

O início da vindima no Douro foi no dia 21 de agosto com uvas brancas, nas vinhas em cotas mais elevadas no Cima Corgo. No fim do mês, as uvas tintas começaram a ser vindimadas gradualmente, em parcelas selecionadas em algumas propriedades do Douro Superior.

Fonte: Agroportal