As alterações climáticas que se têm verificado no país, mais especificamente o aumento das temperaturas e a redução do volume de precipitação anual, têm afetado de forma imensa a produção de azeitona, o que provocou na campanha passada de azeite uma quebra de produção face a outros anos.

Mesmo sendo uma árvore resistente à seca, a Oliveira não resistiu à falta de precipitação deste ano em Portugal e não conseguiu desenvolver-se naturalmente, salientando pelo segundo ano consecutivo a diminuição da produção de azeitona.

O facto de Espanha ser o maior produtor mundial de azeite, torna-se o principal regulador do preço no resto da Europa, assim como em Portugal, sendo que a expectativa é que o preço do azeite continue a subir.

Segundo a Casa do Azeite, a previsão é que exista uma queda para metade da produção anual habitual de azeite, na medida em que irá ocorrer um impacto direto no mercado de azeite em Portugal, com a expectativa que o preço do mesmo continue a ultrapassar os valores que têm vindo a aumentar até agora.

Relativamente à campanha 2023/2024, que já começou, está a confirmar-se como melhor do que a do ano passado, estimando-se que a produção a nível nacional possa ultrapassar as 140 mil toneladas de azeite, face às 126 mil da campanha anterior. 

Apesar disto, existe uma grande preocupação com a quebra de consumo de azeite, muito devido ao aumento do seu preço de mercado, tendência do país e também da zona de Beira Interior, verificando-se um aumento na produção deste fruto na zona este ano, ainda que inferior aos valores de produção de um ano considerado “normal”.

Fonte: Revista Voz do Campo