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02 de novembro de 2023

Azeite: Roubos de azeitona continuam a subir

Foto em Unsplash

Pelos aumentos excessivos no preço do azeite, os roubos de azeitona nos olivais parecem ter aumentado também.

Para compreender esta questão, é necessário compreender a razão para o disparo do preço do azeite nos supermercados e o consequente aumento de roubos de azeitona.

No mês de setembro, o Eurostat divulgou estatísticas que confirmavam que o país registou, no segundo trimestre, o maior aumento de preços dos produtos agrícolas de base, estando os citrinos no topo da lista da UE, com um aumento de 89% de abril a junho, de seguida o azeite com 48% e as batatas com 38%.

Estes aumentos devem-se, sobretudo, às quebras de produção de azeite devido à seca, não só na Europa, mas também por exemplo por Marrocos, que limitou a exportação de azeite relativamente à quebra na produção de azeitona, resultado da seca dos últimos anos.

Por outro lado, a onda de calor do mês de abril também é uma causa para a quebra de produção de azeite, uma vez que, nessa altura, as oliveiras deveriam florescer, provocando um stress hídrico em várias regiões.

Já em Portugal, o grande aumento do preço do azeite, fez com que o problema se agravasse ao ponto de ocorrer um crescimento dos roubos nos olivais.

São inúmeros os testemunhos da GNR por várias zonas do país, onde os roubos de azeitona ultrapassam os 100 quilos, como por exemplo em Ponte de Sor, no distrito de Portalegre, onde se conseguiu recuperar 150 quilos de azeitona furtada, ou até mesmo em Vila Viçosa, onde uma mulher e um homem foram apanhados a furtar 240 quilos de azeitona pela GNR.

Todos os esforços para tentar combater os roubos de azeitona fazem parte da operação “Campo Seguro 2023” da GNR que pretendem evitar crimes contra o património em propriedades agrícolas e reforçar o policiamento para dissuadir e reprimir a prática de furtos nos campos agrícolas.

A produção de azeite sofre, além dos roubos, com a sua própria falsificação. Um exemplo disto é a apreensão por parte da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) de cerca de 4.300 litros de óleo de bagaço de azeitona que estava a ser comercializado como azeite virgem extra.

De acordo com a ASAE, a “escassez do azeite e o subsequente aumento do seu preço contribui para a existência de um alegado maior risco de práticas fraudulentas associadas a este produto tão apreciado pelos consumidores”.

 

Fonte: Sapo 24