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10 de julho de 2024
Avanços e recuos no setor de produtos resíduo zero

Foto em Unsplash
Neste artigo vemos a perspetiva do CEO da empresa Biostasia, que fala sobre a inovação e sustentabilidade no setor de produtos resíduo zero.
Carlos Gabirro é o CEO da empresa Biostasia, empresa que está na vanguarda da inovação agrícola, tendo vários produtos à disposição de resíduo zero, que integram a agricultura e simultaneamente o ambiente em geral. Segundo o CEO, a empresa tem “uma gama muito completa, - modéstia à parte, - desde proteção à fertilização e inclusivamente temos a área dos microrganismos”.
A Biostasia apresenta muitos produtos novos de forma bastante rápida, sendo que esse facto chega a constituir um desafio, “temos dificuldade em implementar comercialmente até para fixar muitas vezes a ideia do comercial, porque temos sempre produtos novos”, afirma Carlos, na medida em que é crucial preparar-se antecipadamente para pragas e aproveitar as oportunidades do mercado eficientemente.
Posto isto, existe uma independência da Biostasia no que toca ao financiamento e desenvolvimento de projetos, que, apesar de ser desafiante, permitiu à mesma ter o controlo total relativamente às suas inovações e estratégias. Assim, o grande motivo de orgulho passa pelas suas soluções naturais e tecnológicas que garantem a segurança e a eficácia dos produtos resíduo zero.
O uso de nanotecnologia é algo que destaca a Biostasia, utilizado para desenvolver soluções de fertilização e proteção com doses significativamente menores que os métodos tradicionais, passando de 150/200 kg por hectare a 2 ou 3 litros por hectare, proporcionando uma produção mais eficiente e ecológica.
A fim de demonstrar resultados, a Biostasia recorreu a campos de demonstração. “Em 2023 e 2024, temos na Universidade de Évora e na Estação Vitivinícola da Bairrada, por exemplo, ensaios em vinha sempre com testemunhos no método tradicional. Mas em 2023 foi o olival em Trás-os-Montes que mais nos surpreendeu ao aplicarmos planos completos de Modo de Produção Resíduo Zero: Os resultados são impressionantes, pois para além de reduzirmos os custos do cliente ainda tivemos aumentos significativos na produção”.
Ora, mas de que se trata o Resíduo Zero? Trata-se de um sistema de produção agrícola certificável, que combina o uso de fitofármacos de origem química e biológica, com o objetivo de obter um produto livre de resíduos e pesticidas residuais.
Mesmo sendo utilizados fitofármacos em alguma fase do processo produtivo, é garantido que os produtos chegam à loja com resíduos abaixo dos limites legais, o que faz com que a exploração seja mais sustentável, uma vez que consome menos recursos, apresenta uma pegada carbónica menor e promove a biodiversidade devido à seleção mais criteriosa dos fitofármacos.
Assim sendo, a certificação Resíduo Zero apresenta os objetivos de aumentar a confiança do consumidor; Produzir alimentos seguros; Garantir um alto nível de qualidade dos produtos e Respeitar o meio ambiente.
Em síntese, a agricultura Resíduo Zero desafia os agricultores a reduzir o número de tratamentos fitossanitários e a adotar soluções registadas e certificadas. Consequentemente agrega valor ao seu produto.
Fonte: Revista Voz do Campo