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18 de junho de 2024

Algas: Portugal com grande potencial no setor

Portugal destaca-se como terreno fértil para a inovação no setor das algas, caminhando para se tornar uma referência global desta indústria.

No cenário europeu, Portugal encontra-se a desempenhar um papel considerável pela sua atratividade como terreno fértil para a inovação no setor das algas, com diversas empresas na vanguarda da indústria, tanto as que se dedicam ao cultivo de macroalgas, como às que se especializou na produção de microalgas.

Dentro deste contexto, destacam-se empresas como a Necton, a empresa mais antiga na produção e venda de microalgas na Europa; a ALGAplus, líder na aquacultura integrada de macroalgas; e a Allmicroalgae, conhecida pela sua flexibilidade e inovação na produção de várias espécies de microalgas para fins comerciais. Também merece destaque a Iberagar, que está em Portugal desde 1963 e se concentra na colheita de algas para a produção de agar.

Além das grandes empresas, existem pequenos produtores artesanais de Spirulina (como Tomar Natural, Spirulina da Terra, 5essentia Spirulina Azores e Spiralgae), bem como empresas dedicadas à pesquisa, desenvolvimento e produção no setor de algas, como GreenAqua, Ínclita Seaweed Solutions, Seaculture, Arborea, seaExpert, Lusalgae, Algicel – Biotecnologia e Investigação, Stellarialga e Phytoalgae. Toda esta diversidade contribui para o crescimento do setor das algas em Portugal, na medida em que gera valor económico e impulsiona a pesquisa e o conhecimento no campo das algas, promovendo práticas de produção sustentáveis.

A PROALGA – Associação Portuguesa de Produtores de Algas desempenha um papel fundamental na união deste setor diversificado em Portugal. Com o objetivo de promover, defender e dinamizar os interesses dos produtores de algas, tanto de microalgas como de macroalgas, a PROALGA atua como uma voz unificada para o setor. Além de representar os produtores perante as autoridades e instituições relevantes, a associação também promove ativamente a colaboração entre os membros, facilitando a troca de conhecimentos, melhores práticas e recursos.

Neste sentido, a produção de algas no país abrange uma ampla variedade de setores de mercado, desde a alimentação e suplementação até a rações animais e de agroindústria. Por outro lado, as algas são também utilizadas na criação de bioestimulantes e biopesticidas. 

Posto isto, algumas empresas já se encontram a desenvolver marcas e soluções específicas para este segmento em particular, como por exemplo, a Allfertis, uma marca da empresa Allmicroalgae, que está a desenvolver uma linha de produtos à base de algas, como biofertilizantes e bioestimulantes, disponíveis em pó ou líquido para os setores agrícolas e de jardinagem, permitindo transformar a agricultura nacional, oferecendo soluções sustentáveis e revolucionárias para o cultivo de plantas.

É de salientar que as algas estão cada vez mais a tornar-se populares dentro do mercado agrícola, com soluções que utilizam as mesmas a surgir gradualmente. Espera-se que esse segmento cresça consideravelmente em breve, atraindo principalmente empresas com capacidade de produção em larga escala, como a Hubel, a Kimitec, a Biorizon e a AlgaEnergy, que já oferecem soluções inovadoras com algas. No entanto, introduzir um novo produto no mercado é um processo complexo e demorado, que envolve o desenvolvimento, a estabilização, testes e ensaios, além da avaliação da funcionalidade em diferentes ambientes de cultivo.

Deste modo, a crescente popularidade das algas no setor agrícola não é surpreendente, dada sua capacidade de promover resistência contra pragas e doenças, aumentar a capacidade antioxidante das culturas e oferecer minerais, fito-hormonas e vitaminas essenciais.

 

Fonte: Revista Voz do Campo, edição de junho