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06 de junho de 2024
Agricultura de Precisão: O lado da oferta de soluções no desafio da adoção
Foto de Andreas Rasmussen em Unsplash
A agricultura de precisão emergiu há mais de duas décadas como uma força transformadora na gestão agronómica das culturas.
A agricultura de precisão tem sido um tipo de agricultura que emergiu com o objetivo de otimizar o uso de recursos e melhorar a eficiência produtiva. Apesar disto, a adoção da agricultura de precisão tem sido mais lenta do que esperada, pela existência de algumas barreiras bastantes significativas, tanto para produtores como para a oferta.
De acordo com a Associação Internacional de Agricultura de Precisão (ISPA), a agricultura de precisão trata-se de uma estratégia de gestão que reúne, processa e analisa dados temporais, individuais e espaciais para apoiar as decisões de gestão de acordo com a variabilidade espacial e temporal com o objetivo de melhorar a eficiência do uso de recursos e aumentar:
- A produtividade;
- A qualidade da produção;
- A rentabilidade;
- A sustentabilidade da produção agropecuária.
Deste modo, compreende-se que a própria definição é bastante abrangente, uma vez que se foca no uso de dados, não especificando nenhuma tecnologia. Isto significa então que a agricultura de precisão é um processo com um fim de melhoria contínua e não a posse ou o uso de tecnologia.
Assim, é claro o contraste que existe pelo facto de a maioria das avaliações de adoção de agricultura de precisão serem feitas pela evidência da aquisição e/ou uso desta ou daquela tecnologia/serviço e não pela evidência de melhoria de processos de tomada de decisão.
As poucas políticas de apoio que têm existido em Portugal têm-se focado na aquisição da tecnologia/serviços e não na melhoria dos processos de decisão evidenciados por métricas de ação e resultados.
A tecnologia deve ser vista, não com um fim mas sim como um meio para atingir determinado fim. Posto isto, pode compreender-se que adotar agricultura de precisão pode significar realidades bastantes diversas ao nível da exploração agrícola, sobretudo nos estados iniciais do processo.
Contudo para simplificar, podemos agrupar os impactos da AP na exploração agrícola em 4 grandes categorias:
(1) Condução assistida e automática por GPS (auto steering) com redução de sobreposições e falhas, retorno ao ponto de paragens, etc.;
(2) Controlo automático da largura de trabalho (swath control) com redução da sobreposição de passagens no seio da largura de trabalho;
(3) Controlo de frota (Fleet management) com monitorização em tempo real e controlo da atividade de tratores e máquinas, tráfico controlado, otimização das passagens, etc.; e
(4) Taxa variável de semente, fertilizantes, fitofármacos e água (variable rate).
Fonte: Voz do Campo