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24 de maio de 2024

Agricultores pedem medidas concretas de valorização dos preços à produção

Foto em Unsplash

Os agricultores pedem medidas concretas de valorização dos preços à produção e saudaram a decisão de declarar 2026 como o ano da mulher agricultora.

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) pediu medidas mais específicas para valorizar os preços à produção, bem como auxiliou na decisão de declarar 2026 como o ano da mulher agricultora. De acordo com o comunicado da Confederação, a “CNA, como sempre tem feito, lutará para que o reconhecimento pela ONU se traduza em políticas concretas de valorização dos preços à produção e de desenvolvimento do mundo rural”.

Neste sentido, a CNA exigiu ainda a implementação plena do Estatuto da Agricultura Familiar, que defendeu ser crucial para “garantir a dignidade” das mulheres agricultoras e para o desenvolvimento do setor.

O ano de 2026 foi declarado pela ONU como o ano internacional da mulher agricultora, sendo que a CNA pediu ao Governo que adote políticas que valorizem o papel das mulheres no setor.

Posto isto, foi destacado pela CNA que as políticas de desenvolvimento territorial não têm em conta as necessidades do mundo rural, traduzindo-se em falta de investimento em áreas como a agricultura, mas também saúde, educação e transportes. A tudo isto soma-se ainda o “progressivo encerramento” de serviços públicos, o que faz com que as áreas sejam cada vez mais isoladas.

“No seu trabalho, as mulheres agricultoras que alimentam a população são prejudicadas pelas dificuldades de escoamento e pelos baixos preços na produção, num país em que o comércio de bens agroalimentares é dominado por grandes cadeias de distribuição”, sublinhou-se no comunicado.

Relativamente ao pedido da CNA no que toca à política agrícola, é necessário que se criem medidas específicas que consigam responder às “dificuldades e necessidades das mulheres agricultoras e rurais das suas famílias, nem que contribuam para a igualdade de género, para o combate ao despovoamento e desertificação das zonas rurais ou que promovam o emprego das mulheres rurais”.

Para a CNA, o que está em causa são “medidas simples”, tais como a majoração dos apoios no quadro da agricultura familiar.

A Confederação destacou ainda que os descontos das mulheres agricultoras para a Segurança Social são muitas vezes “relegados para segundo plano” pelas dificuldades financeiras das famílias.

Por sua vez, foi ainda reclamada uma criação de um regime adaptado à realidade das mulheres agricultoras e rurais, permitindo a saída de “situações de vida profundamente precárias”.

 

Fonte: Agroportal