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27 de junho de 2023

A Bioeconomia Sustentável em Portugal

Neste artigo poderá compreender quais as linhas estratégicas dos setores de produção primária relativamente à Bioeconomia Sustentável 2030.

A Bioeconomia trata-se de um modelo económico que substitui a utilização de recursos fósseis por recursos renováveis de base biológica. A mesma representa, em Portugal, um volume de negócios gigante, com 41 milhões de euros e emprega cerca de 685 mil pessoas.

Deste modo, os setores primários da Bioeconomia são a Agricultura e Pecuária, as Florestas e as Pescas e Aquicultura.

O setor da Agricultura e Pecuária tem uma posição de destaque, representando 60% do volume de negócios gerado pela Bioeconomia e 75% do emprego. Por sua vez, as Florestas contam com 24% de volume de negócios da Bioeconomia e 11% do emprego. Em último lugar e com uma posição residual, as Pescas e Aquicultura apenas representam 5% do volume de negócios e 3% do emprego.

Apesar da posição mais fraca das Pescas e Aquicultura, a tendência será o aumento destes números, uma vez que existe uma pressão crescente a que os ecossistemas terrestres estão sujeitos, bem como o papel importante que o setor pode desempenhar enquanto fonte de alimentação.

A visão será que, em 2030, os setores de produção primária de recursos biológicos terão um papel crucial na estratégia, orientação e catalisação da ação relativamente ao contexto da Bioeconomia sustentável em Portugal. 

Concretizar a Visão 2030 passa por tentar aumentar ao máximo o valor da produção, do processamento e da utilização dos recursos biológicos, ao longo da cadeia de valor, e pelo maior tempo possível.

Ora, para promover a bioeconomia através dos setores de produção deve haver uma base nos seguintes pilares:

  • Proteção e reforço da biodiversidade;
  • Valorização dos recursos biológicos endógenos e redução da dependência de recursos não renováveis;
  • Gestão sustentável dos recursos biológicos, respeitando os limites ecológicos;
  • Prossecução do objetivo da neutralidade carbónica;
  • Capitalização das vantagens da digitalização para a bioeconomia e promoção de processos produtivos inovadores, inteligentes e competitivos;
  • Promoção do desenvolvimento do espaço rural;
  • Adoção do princípio da utilização da biomassa em cascata.

De entre os instrumentos disponíveis, destacam-se os seguintes para a política pública:

  • Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC 2023-2027);
  • Agenda de Inovação para a Agricultura 2030 – Terra Futura;
  • Estratégia Nacional para o Mar 2021-2030 (ENM 2030);
  • Estratégia Nacional para os Efluentes Pecuários e Agro-industriais (ENEAPAI 2030);
  • Plano Nacional de Energia e Clima – PNEC 2030.

 

Fonte: GPP